Vendas de PC em Portugal caíram 21,2% no segundo trimestre

Publicado em 26/08/2011 01:03 em Destaques

As vendas de computadores pessoais em Portugal caíram 21,2% homólogos no segundo trimestre de 2011, para 216 077 unidades, indicou a consultora e analista de mercado IDC.

Os portáteis continuaram a representar a maior fatia do mercado (83%), com vendas de 179,3 milhares de máquinas, menos 19,2% homólogos (comparando com o segundo trimestre de 2010).

O peso dos computadores de secretária («desktop») continuou a reduzir-se e os 36,7 milhares de unidades vendidas no segundo trimestre representaram uma redução de 29,9% face a um ano antes.

O mercado de consumo absorveu 152,2 milhares de computadores (menos 20,7%) e o mercado empresarial registou uma descida de 22,4%, para 63,8 milhares de unidades.

«Portugal tornou a sofrer uma quebra na venda de PC’s, à semelhança do primeiro trimestre, pela desaceleração da procura no mercado de consumo e no mercado empresarial, tendência que se deverá manter nos últimos seis meses de 2011», vaticina Gabriel Coimbra, director da IDC Portugal.

«A crise económica, principalmente, e a procura crescente de dispositivos alternativos como smartphones ou media tablets, estão a ter um impacto negativo no mercado de PC. Em função do contexto económico e das medidas de restrição orçamental, mesmo o regresso às aulas e o Natal não serão suficientes para devolver a vitalidade a este mercado», observa Gabriel Coimbra.

A HP, com 47 169 computadores vendidos (menos 14,3% homólogos) e uma quota de mercado de 21,8% no segundo trimestre, mantém a liderança do mercado nacional, enquanto a Toshiba, que apenas vende portáteis, foi número 1 naquele segmento e segunda no mercado português, com 41.810 máquinas vendidas (menos 14,9%) e uma quota de 19,3%.

Em terceiro lugar surge a assembladora portuguesa JP Sá Couto, que produz os Magalhães, com 41 108 computadores vendidos, um aumento de 74,4%, que lhe permitiu ultrapassar a ASUS, e uma quota de 19,0%. A JP Sá Couto foi a única marca que aumentou as vendas de computadores de secretária no segundo trimestre.

A ASUS, com as vendas a baixarem 37,6%, para 27 250 computadores, e uma quota de 12,6%, recuou para quarto lugar.

Na quinta posição surge a Samsung, cujas vendas se multiplicaram por 2,7 vezes, para 15 167 unidades, que ficou com 7,0% do mercado e subiu quatro lugares.

O grupo Acer foi o grande perdedor, passando da terceira para a sexta posição, com 14 886 unidades vendidas (menos 68,5%) e uma quota de 6,9%, duas vezes e meia inferior à de um ano antes.

A Apple, contrariando a tendência internacional de crescimento de vendas e de quota de mercado dos seus computadores iMac, em Portugal baixou as suas vendas para menos de metade, para 5 601 unidades, e reduziu a sua quota de mercado para 2,6%, ficando em oitavo lugar, ultrapassada pela Dell (sétima com 3,7% do mercado) e pela Samsung.

A Sony, com uma redução de 62,6% das vendas, para 4 428 unidades, caiu da sexta para a nona posição e ficou com 2,0% de quota de mercado, enquanto a chinesa Lenovo, que comprou a divisão de PC da IBM, manteve a décima posição, com um aumento de 5,8% das vendas (1 830 unidades) e um ligeiro reforço de quota, para 0,8%.

As 10 primeiras empresas representaram quase 96% do mercado português de computadores no segundo trimestre.

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