Android com quase 50% de quota no mercado mundial de smartphones

Publicado em 21/08/2011 18:48 em Destaques

O Android atingiu uma quota de 48% no segundo trimestre no mercado mundial de smartphones, segmento que cresceu 73% homólogos, segundo um estudo da Canalys, analista dos mercados de tecnologias de informação e comunicações (TIC).

A Canalys estudou 56 mercados em todo o mundo, 35 dos quais eram liderados pelo sistema operativo Android, que cresceu 379% face ao mesmo período de 2010, para 51,9 milhões de unidades, precisa a empresa.

Aliás, a Canalys indica que o Android é o sistema operativo líder desde o último trimestre do ano passado.

Para a liderança do Android contribui a aposta nesta plataforma de fabricantes como a Samsung, HTC, LG, Motorola, SonyEricsson, ZTE e Hwawei, observa.

A companhia estima que foram vendidos 107,7 milhões de smartphones no segundo trimestre de 2011, dos quais 39,8 milhões na Ásia/Pacífico, 35,0 milhões na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e 32,9 milhões nas Américas.

Os 20,3 milhões de iPhones vendidos no segundo trimestre deram ao iOS, o sistema operativo da Apple, uma quota de mercado de 19%, que lhe permitiu ultrapassar o Symbian, da Nokia, durante o trimestre passado e assumir o segundo lugar do mercado mundial.

A Apple também se tornou o primeiro fornecedor mundial de smartphones, depois de ultrapassar a Nokia, uma vez que o sistema operativo Android é utilizado por diversas marcas, adianta a Canalys.

Admite que com a antecipação do lançamento da próxima geração do iPhone, prevista ainda para o terceiro trimestre, a Apple poderá reforçar a sua posição na segunda metade de 2011.

A Samsung beneficiou do êxito de alguns modelos como o Galaxi S II e vendeu 17 milhões de smartphones no segundo trimestre, um crescimento de 421%, colocando-se como a segunda maior marca mundial. Os smartphones Samsung com o seu sistema operativo proprietário Bada tiveram um crescimento assinalável, de 355%.

No entanto, Chris Jones, analista principal da Canalys, citado em comunicado, considera que «a Samsung não conseguiu capitalizar completamente a fraqueza da Nokia neste desafiante período de transição».

Observa que a posição de liderança da Nokia mostrou grande resiliência em mercados emergentes e conseguiu manter o primeiro lugar nos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Pete Cunningham, analista principal da Canalys, considera que o maior problema da Nokia foi a perda de aceitação dos smartphones com plataforma Symbian em mercados importantes como os da Europa Ocidental, onde já foi muito forte.

Para aquele analista, a Nokia precisa de lançar o mais rapidamente possível o seu primeiro smartphone com o sistema operativo Windows Phone para travar o declínio e, eventualmente, silenciar os seus críticos, salientando que ainda demorará até que a carteira de modelos Nokia com Windows Phone ganhe volume.

Em relação à Research in Motion (RIM, fabricante dos BlackBerry), a Canalys afirma que apesar do comportamento desfavorável nos Estados Unidos, o BlackBerry mantém uma posição forte noutros mercados, nomeadamente emergentes, e reforçou a sua posição em países como a Indonésia e África do Sul, onde lidera.

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