HP anuncia aumento ligeiro de lucros e receitas e o estudo de soluções para a área do consumo

Publicado em 20/08/2011 23:18 em Destaques

A HP apresentou os resultados do terceiro trimestre fiscal de 2011, com ligeiro aumento de receitas e lucros, e anunciou que está a estudar uma solução para a sua área do consumo, que poderá passar por uma separação ou uma transacção.

A HP indica que pretende concentrar o seu negócio em áreas que geram maiores margens, centrando-se nas áreas das soluções, software e computação em nuvem e nos sectores empresariais e governamentais.

A companhia anunciou na ocasião o acordo para comprar a Autonomy Corporation, operação integrada na nova estratégia de negócio da HP.

O volume de negócios da HP cresceu 1%, para 31,2 mil milhões de dólares (21,7 mil milhões de euros) no terceiro trimestre fiscal, terminado a 31 de Julho, o que equivale a uma queda de 2% a câmbio constante, indicou a companhia.

Os lucros aumentaram 9%, para 1,9 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).

As receitas da multinacional de informática mantiveram-se estáveis nas Américas em 14,1 mil milhões de dólares (9,8 mil milhões de euros) e na região Europa, Médio Oriente e África (EMEA), em 11,0 mil milhões de dólares (7,6 mil milhões de euros), enquanto na Ásia/Pacífico aumentaram 9%, para 6,1 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros).

A HP indica que quase dois terços (65%) das suas receitas são geradas fora dos Estados Unidos e que os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) representam 12% do volume de negócios da companhia e geraram uma facturação de 3,7 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros), um crescimento de 12%.

Para o conjunto do ano fiscal de 2011, que termina no fim de Outubro, a HP espera um volume de negócios entre 127,2 mil milhões e 127,6 mil milhões de dólares (entre 88,3 mil milhões e 88,6 mil milhões de euros).

Em simultâneo com a apresentação de resultados, a HP anunciou que o seu conselho de directores autorizou a administração a avaliar alternativas estratégicas para o Personal Systems Group (PSG, que integra o negócio de computadores pessoais), incluindo a separação do negócio de PC através de um «spin off» (separação da empresa numa nova com os mesmos accionistas iniciais) ou outra transacção.

Em comunicado, a empresa recorda que é líder mundial no negócio de PC, uma área que gerou receitas de cerca de 41 mil milhões de dólares (28,5 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2010.

A HP sublinha que, após a separação do PSG, continuará a ajudar os seus clientes a gerir a informação e lidar com as suas necessidades críticas através de uma carteira que produtos e serviços que inclui a impressão, servidores, software, serviços, armazenamento e redes.

A HP anunciou, ainda, que vai desistir das operações com o sistema operativo móvel WebOS e com os dispositivos (media tablet e smartphones) baseados nessa plataforma.

A companhia anunciou o acordo entre as administrações das duas empresas para a HP comprar a Autonomy por um preço de 25,50 libras (29,20 euros) por acção, o que representa um prémio de 64% face à última cotação antes do acordo (15,58 libras esterlinas, o equivalente a 17,83 euros).

A HP indica que o valor oferecido pressupõe a valorização da Autonomy em 7 091 milhões de libras (8 116 milhões de euros).

O presidente e CEO da HP, Léo Apotheker, citado em comunicado, afirma que a aquisição da Autonomy representa uma oportunidade para acelerar a actual visão estratégica da multinacional.

Indica que a Autonomy traz para a HP soluções de negócio de alto valor, que ajudarão os clientes a gerir a explosão da informação, contribuirá para reinventar a forma como os dados são processados, analisados, optimizados e protegidos e que a empresa a comprar tem uma solução forte de computação em nuvem, uma das áreas de aposta da HP.

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