O volume de negócios da Cilnet, tecnológica portuguesa de serviços de engenharia e tecnologias da informação, aumentou 30% e atingiu os 14,9 milhões de euros, revelou João Martins, administrador da empresa.
Indicou que o negócio internacional pesou 5% nas receitas.
Em encontro com a comunicação social, João Martins adiantou que a área dos centros de dados representou 45% da facturação, a de colaboração 25%, a de segurança do negócio 12% e a de Wi-Fi 11%.
A Cilnet sublinha que o crescimento foi sustentado por novos projectos ganhos e implementados em clientes de referência, como o Grupo Crédito Agrícola ou o campus da Universidade do Porto, além de outros projectos em áreas como banca, hotelaria, saúde e administração pública.
O administrador da companhia salientou que o número de trabalhadores aumentou mais de 20% no ano passado e que tem actualmente uma equipa altamente qualificada de 55 pessoas. No ano passado aumentou em 70% o investimento em formação, adiantou.
Eduardo Matos, administrador da Cilnet, assinalou que a expectativa para 2016 é consolidar e não aumentar, pelo menos significativamente, a equipa.
Eduardo Matos situou os lucros da Cilnet, ainda não apurados em definitivo, entre os 150 mil e os 200 mil euros.
Indicou que os resultados líquidos serão inferiores às expectativas não só pelos investimentos efectuados como a evolução das operações em Angola.
O administrador João Martins destacou que a empresa investiu em Angola num mau momento e foi forçada a retirar-se daquele país quando os seus fornecedores internacionais se recusaram a continuar a receber em kwanzas, como tinha sido inicialmente acordado.
A companhia, aproveitando o bom momento de actividade em Portugal, reintegrou no país os sete trabalhadores da empresa que estavam no escritório em Angola, onde agora a actividade é assegurada por um parceiro (a EasyPeople), que é accionista da Cilnet, precisou.
A empresa mantém em Moçambique um escritório com três trabalhadores.
João Martins revelou que a Cilnet acordou uma parceria com a Apple, hoje anunciada, para ser parceira da Apple para o mercado empresarial.
Aquele administrador afirmou que no ano passado, período de crescimento, a empresa investiu na criação de novos departamentos e serviços e no reforço de outros.
A companhia criou a UNI – Unidade de Negócio Infra-estruturas (cablagem e energia) e a nova área de Security Operation Center, ao mesmo tempo de adicionou novas competências ao centro de operações de rede (NOC) e investiu fortemente no departamento de serviço de apoio a clientes (SAC), precisou.
João Martins sublinhou que os referidos investimentos terão resultados em 2016.
João Martins salientou que a Cilnet é parceiro certificado da Cisco em Contact Center Enterprise, o que lhe permite ganhar alguns projectos em Espanha porque não há nenhuma empresa espanhola especializada nesta área.
Eduardo Matos, administrador da Cilnet, indica que a companhia tem projectos em Espanha mas não prevê a abertura de escritórios no país vizinho e vai continuar a operar a partir de Portugal.
Precisou que a empresa já teve projectos pontuais noutros países, nomeadamente no Médio Oriente.
João Martins revelou que a Cilnet pretende crescer a dois dígitos em 2016, entre 10% e 15%, tendo como objectivo atingir 17 milhões de euros de facturação, consolidar as parcerias existentes, rentabilizar o investimento nos serviços próprios para crescer 30% e crescer na componente cloud, aproveitando a parceria com fabricantes internacionais com quem trabalha.
Acrescentou que a empresa prevê a criação de um departamento de desenvolvimento de aplicações, aproveitando as suas competências.