As receitas de banda larga ultra-rápida deverão crescer 95% até 2017 e atingir naquele ano 182 mil milhões de euros, segundo um relatório da consultora a analista de mercados francesa IDATE.
Num relatório da analista Valérie Chaillou, baseado em dados e projecções de centena e meia de operadores chave de mais de 70 países, a IDATE adianta que a banda larga ultra-rápida representava 22% das ligações Internet em 2013.
Prevê que o peso das ligações de banda larga ultra-rápida aumente de 28% para 49% na Europa de Leste e de 21% para 32% na Europa Ocidental.
A IDATA sublinha que o FTTH/B (fibra até à casa/edifício) representava em 2013 66% das subscrições com tecnologias de fibra, o FTTLA (fibra até ao último amplificador) 22% e o FTTN+VDSL (fibra até ao nó mais banda larga sobre par de fios de cobre no troço final) 12%.
A consultora adianta que o FTTH é claramente a escolha tecnológica na região da Ásia/Pacífico, o FTTLA predomina na Europa Ocidental e na América do Norte, enquanto o VDSL (Very High bit rate Digital Subscriber Line, DSL de muito alta velocidade) é a aposta de vários operadores históricos europeus [que geralmente detêm redes de fio de cobre relativamente antigas, com as estações de base ligadas entre si por fibra óptica].
Na América Latina e Médio Oriente as redes de nova geração estão ainda no arranque.
A IDATE sublinha que grandes operadores hesitam na escolha entre a tecnologia FTTH e a FTTN+VDSL, principalmente na Europa, nomeadamente face ao investimento necessário para alterar a tecnologia já existente, mas apesar disso o FTTH/B está a fazer progressos em vários países europeus [incluindo Portugal, que segundo o FTTH Council Europe teve um crescimento de 41% em 2013 no número de subscritores da tecnologia].
A IDATA prevê que o peso global dos subscritores de banda larga com tecnologia VDSL continue a crescer até 2017, aproximando-se dos 40%, o mesmo acontecendo com os subscritores da tecnologia FTTH/B, que ficarão em 2017 com um peso um pouco abaixo de 30%.
O relatório indica que em meados de 2013 os Estados Unidos eram o país com maior número de subscritores com tecnologia VDSL (9,4 milhões), seguindo-se o Reino Unido (1,7 milhões), a Alemanha (mais de 1,46 milhões), a Suíça (1,46 milhões) e o Canadá (1,4 milhões).
Quanto à tecnologia FTTH/B, a China liderava com 32,4 milhões, vindo a seguir o Japão (quase 24,3 milhões), a Coreia do Sul (11,63 milhões), os Estados Unidos (9 milhões) e a Rússia (8,29 milhões).